quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Vídeos- Canto Gregoriano


Partituras latim













Importância do texto

Papa Gregório I, o qual implementou o canto que leva seu nome no ritual cristão.

Desde seu surgimento que a música cristã foi uma oração cantada, que devia realizar-se não de forma puramente material, mas com devoção ou, como dizia Paulo (Apóstolo): "cantando a Deus em vosso coração". O texto era, pois, a razão de ser do Canto Gregoriano. Na verdade, o canto do texto se baseia no princípio - segundo Santo Agostinho - de que "quem canta ora duas vezes".
O canto Gregoriano jamais poderá ser entendido sem o texto, o qual tem primazia sobre a melodia, e é quem dá sentido a esta. Por isso, ao interpretá-lo, os cantores devem haver compreendido bem o sentido dele. Em conseqüência, deve-se evitar qualquer impostação de voz de tipo operístico, em que se busca o destaque do intérprete.
Deste canto procedem os modos gregorianos, que dão base à música ocidental. Deles vêm os modos maior (jônio) e menor (eólico), e outros cinco, menos conhecidos (dórico, frígio, lídio, mixolídio e lócrio).

O canto gregoriano é uma antiga manifestação musical do Ocidente, com raízes nos cantos das antigas sinagogas. O canto surgiu da junção da cultura dos judeus convertidos, que cantavam os salmos e cânticos do Antigo Testamento, com elementos da música e da cultura greco-franco-romana, que foram acrescentados pelos gregos e romanos que se convertiam.
O período de formação do canto gregoriano vai dos séculos I ao VI, com auge nos séculos VII e VIII, mantendo-se com certa popularidade nos séculos IX, X e XI, quando inicia-se sua decadência.
A denominação "Gregoriano" ficou como homenagem ao papa Gregório Magno (540-604) que publicou, em 2 livros, uma coletânea de peças (Antifonário, melodias referentes às horas canônicas, e o Gradual Romano, contendo os cantos da Santa Missa). Gregório também iniciou a Schola Cantorum, que proporcionou grande desenvolvimento ao canto gregoriano.
No final do século XIX, o Mosteiro de São Pedro de Solesmes (França), a partir da iniciativa de Dom Mocquereau, tornou-se o grande centro de estudos e práticas do canto gregoriano. Ali também iniciou-se o trabalho de recuperação de antigos manuscritos do século VIII e IX, sobre o canto gregoriano.
No século XX, o papa Pio X pede aos monges para realizarem uma edição moderna com referência nos manuscritos, surgindo então a Edição Vaticana. Em 1985 foi lançada uma outra edição chamada Graduale Triplex com as 3 nAs principais características do canto gregoriano, ou canto chão, são: as melodias cantadas em uníssono, sem predominância de vozes (homofônico); ritmo livre, sem compasso, baseado na acentuação e no fraseado; cantado sem acompanhamento de instrumentos musicais; e letras em latim, baseadas em sua grande maioria nos textos bíblicos.
A partir de 1994, lançou-se um novo olhar para o canto gregoriano, quando a gravadora EMI lançou em CD um disco que havia sido gravado há mais de 20 anos pelos monges do Mosteiro de Santo Domingo de Silos; o disco alcançou um sucesso considerável, atingindo a marca de 5 milhões de cópias vendidas.
Atualmente, existem vários grupos que executam versões de músicas famosas em estilo gregoriano. Um desses grupos é o Gregorian.otações do canto gregoriano: a Vaticana, a de Laon (França) e a de Saint Gaal (Suíça).





Uma "partitura" para canto gregoriano

O canto gregoriano é um gênero de música vocal monofônica, monódica (só uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, com o ritmo livre e não medido, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.
As características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.


Canto gregoriano reduz o nervosismo

Estudo brasileiro prova que o canto gregoriano reduz o nervosismo em mulheres cujo filho está internado. Iso mesmo. A enfermeira resolveu testar, em seu mestrado pela Universidade de São Paulo, o impacto de um som tranquilo como o do canto gregoriano sobre 28 mulheres (mães) cujos filhos estavam hospitalizados.

As voluntárias ouviram duas sessões de 20 minutos da música no intervalo de dois dias. Ao final da experiência, constatou-se uma queda significativa em seus níveis de ansiedade: “O canto gregoriano tem uma sintonia calma, sem agudos e gravem nem variações bruscas de ritmo, permitindo que a respiração fique mais controlada e o organismo relaxe”, explica. “Menos nervosa, a mãe se relaciona bem com a equipe de profissionais que atendem seu filho e ajuda a cuidar melhor dele”, conclui